Cachaça(*)
Pium é um mosquitinho chato
e, quando pica, deixa uma coceira danada.
Não fosse sério, o texto de Henri Saint-Hilaire,
descrevendo trecho de sua viagem no livro Viagem às nascentes do rio S. Francisco e pela província de
Goiás, provocaria risadas: “Chegado a Formiga fui apresentar ao comandante
da povoação a carta que o capitão-mor de Tamanduá me entregara para ele, e na
qual lhe dava ordem para e arranjar um pedestre para me escoltar até Pium-í.”
Acho livros de viagens fascinantes.
A história do achamento das terras onde se instalaria o Brasil, não
teria o sabor que possuí não fossem os relatos de Pero Vaz de Caminha (saiba mais). Imaginem
os vários outros que certamente se encontram depositados na Torre do Tombo em
Portugal e sequer lidos ainda, autorais de viajantes dos navios da frota de
Cabral.
Aliás, seria bem interessante conhecer
a descrição do dia a dia do navio do inglês Sir Richard Hawkins feita por
um escriba inglês e outro espanhol, se lhes fosse permitido estar a bordo ao
mesmo tempo. O primeiro o veria como um herói e o segundo como um pirata.
Interessante, não? Para ambos, era o capitão de um navio que circulou nas costas
brasileiras levando um alambique utilizado para destilar a água do mar.
Um
alambique muito semelhante aos encontrados na Casa do Alambiqueiro, na rua
Coronel José Justino Nunes que atravessa a Rua Carlos Gomes, na cidade de
Formiga, no Estado de Minas Gerais.
(*) Cachaça é uma bebida tipicamente brasileira e fruto da destilação da cana de açucar em alambique. Saiba mais no blog Alambique Artesanal, da cidade de São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina, só para embolar um pouco mais a história. Em São Pedro de Alcântara não existe a Rua Carlos Gomes.
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