terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dilemas Contemporâneos da Cultura (37)


The rebel of Fine Arts
Fernando Vignoli

Ontem perguntava no blog a respeito do que fazer com relação aos candidatos e à atual situação da Cultura no Brasil, especialmente a Cultura Erudita.

Hoje, José Serra recebeu em São Paulo a classe artística representada pelas várias entidades naquele que foi chamado de Encontro com a Cultura Brasileira. 

Todos nós, culturalistas, procuramos o tempo todo encontrar argumentos que justifiquem o investimento na atividade cultural. Seja pelo viés da cidadania, identidade, da auto-estima, seja pela demonstração de que representamos uma importante parcela do PIB brasileiro.

Serra foi contundente e, como se espera de um estadista, de um político cuja prática é regida pela ética pública, para o desenvolvimento e para um Estado moderno, resumiu tudo o que disse sobre as vantagens de se investir na atividade cultural com a frase "mesmo que não tivesse benefícios complementares, é preciso investir em Cultura. Cultura é um bem em si ".

Serra lembrou os investimentos que fez na Prefeitura e no Estado. O volume de dinheiro aplicado é muito grande, supera os 600 milhões no Estado e utilizado para o desenvolvimento de programas que visam a difusão, fomento e formação. Mencionou a necessidade de se cuidar dos equipamentos, e do processo de estruturação das atividades tais como a mudança do MAC para o antigo Detran, do Museu da Lingua Portuguesa, do investimento na Pinacoteca, no novo Teatro da Dança (que insisto em sugerir que se chame Teatro da Luz pela vocação mais ampla que o espaço possui), nas oficinas, nas Fábricas de Cultura, nas Viradas Culturais, na difusão da Ópera.

De fato, o que vemos é um constante esforço no Estado de São Paulo. Muito ainda precisa ser feito, porque sabemos que as exigências são enormes, não pelo setor em si, mas pela necessidade e abrangência da franquia de direito ao acesso. O modelo de São Paulo pode perfeitamente ser ampliado em termos nacionais, levando-se em consideração as peculiaridades regionais, as forças criadoras instaladas nos vários estados, as capacidades técnicas e artísticas, as perspectivas de intercâmbio real, o aprendizado coletivo das diferenças.

Não vale a pena lamentar dificuldades até aqui. Trabalhar, reedificar é melhor.

Carlos Gomes no mapa do Brasil (24)


Vivendo e aprendendo. Frase feita é fato, mas cabe como uma luva (ops!) na referência que apresento.
Você sabia (é hoje!) que existe uma Federação Paulista de Tiro Prático?

A expressão Tiro Prático para mim é nova. Trata-se do nome que se dá à prática de tiro com armas de diferentes tamanhos tendo um alvo fixo ou móvel como objetivo. No Tiro Prático, o atleta, deve misturar precisão, potência e velocidade, dentro de uma combinação vencedora. Os alvos têm 75 centímetros por 45 centímetros com um centro de 15 centímetros. A maioria das competições acontecem em estandes de tiro próximos dos grandes centros, onde disparos a mais de 45 metros são raros. Acertar um alvo de 15 centímetros a 45 metros ou menos parece fácil a um atirador experiente, porém há um fator de potência mínimo que cria dificuldades para os atletas, aumentando a força do recuo da arma.

A modalidade é praticada em várias cidades do Estado de São Paulo (e brasileiras), inclusive em Garça, uma cidade a pouco mais de 400 km da capital e com cerca de 45.000 habitantes.

Garça possui um Tênis Club que leva o nome da cidade e onde se pratica o Tiro Prático.

O municipio de Garça surgiu na segunda década do século 20 ainda como distrito de Campos Novos. O nome foi uma herança da quantidade de garças que havia num dos ribeirões da região. Garça tornou-se conhecida pela produção de café. A cidade por divergências entre os fundadores foi dividida em dois núcleos: Labienópolis (onde se instalou Labieno Costa Machado) e Ferrarópolis (de Carlos Ferrari).

O Garça Tênis Club é muito ativo na cidade. Fica em Labienópolis. Claro, na Rua Carlos Gomes, 77.