sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Notas de Rodapé (21)

Metropolitan Opera - NY


Exaltado, inclusive neste blog, o diretor geral do MET, Peter Gelb, vive seu inferno astral com a sombra de US$ 2,8 milhões (R$ 6,3 mi) na temporada 2012-2013 e da previsão de um prejuízo "expressivamente maior" na temporada passada, crise financeira que pode paralisar as atividades de uma das maiores casas de ópera do mundo. Veja matéria na Folha de SP.
Os 16 sindicatos dos trabalhadores do MET recusaram a proposta de redução em 17% nos salários e cortes de alguns benefícios. 
Entre outras mudanças no MET, Gelb iniciou há alguns anos as transmissões ao vivo dos espetáculos da casa nos cinemas em vários países, inclusive no Brasil. Com isto arrecadou um volume enorme de recursos o que, numa primeira análise, considerei genial pela estratégia adotada. Sem estar sozinho nisto, obviamente, centenas de observadores em todo o mundo, enxergaram o senso de oportunidade etc. 
Apesar disto a casa chegou a esta crise, aparentemente motivada pelo excesso de investimentos na produção dos espetáculos, sem os ajustes necessários orçamentários para que continuasse trabalhando em níveis saudáveis, já que vários outros fatores tais como a redução de doadores, queda nas bilheterias, também passaram a ser empecilhos à vida financeira saudável.