segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Deus acuda!

Carcarah - 07122009

Eram quatro. Pararam. Protegidos na rua vazia - a solidão da madrugada - botaram em prática o que premeditaram friamente . Cobriram as cabeças com os capuzes dos casacos. Por certo, seria um assalto rápido, de resultado pífio, nada mais que meia dúzia de celulares, uns dois relógios vagabundos, uma quirela em notas de 10, 20 e 50. Dando sorte, a féria do bar seria uma recompensa razoável na divisão proporcional.
Uma porcaria. Uma covardia. Uma míséria na cidade miserável. Um bando vagabundo, num assalto vagabundo que taí. Ferrou. Sujou.
Cadê o Mário? Tá lá com um monte de buraco de bala.
E o Carcarah? Melhor, mas com um monte de buraco de bala.
Deus acuda! Por que se não for assim... Fico em dúvida se tem jeito.

Deus acuda!