quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mein Herz freuet sich, dass Du so gerne hillfst, ich will dem Herrn singen, dass er so wohl an mir gethan.

ridesenho de Klara Kaiser Mori para capa de " O Cigano Visionário"

O poderoso Salmo XIII, do Rei David, nos dá a dimensão dos nossos anseios em busca da beleza, da bondade e da verdade.

"Meu coração se alegra pois Tu vieste em meu socorro,
cantarei ao Senhor
pelo bem que ele me fez".

Assim seguimos com a esperança renovada de que teremos possibilidades de realização e convivência com qualidade, com ética, com respeito. Qual motivação para construir senão a certeza de que no extremo teremos um ser humano renovado?

Em Junho de 1855, Franz Liszt escreve a Agnes Street-Kindworth dizendo que decidira musicar o Salmo XIII.
Por nos dar esta possibilidade de reflexão, pode-se dizer que Lauro Machado Coelho é o arauto de um novo tempo.

É com ele que temos organizada a história da ópera em edições obrigatórias para qualquer um que queira conhecer além das fronteiras do que lhe é oferecido pelos caminhos óbvios.
E depois de lançar a biografia da poetisa russa Anna Akhmatova, finalista do prêmio Jabuti deste ano, não é que o Lauro concluiu a biografia de Franz Liszt, com mais dois lançamentos previstos até março, pela mesma Editora Algol?
Franz Liszt tem noite de estréia hoje, dia 14 de Outubro de 2009, na Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis, em São Paulo, às 19 horas.

"O Cigano Visionário" é para se ler e reler em duas ou três sentadas (são 500 páginas de texto delicioso).

Franz Lizt foi uma mistura de malabarista e profeta na citação do próprio Lauro, ou "ao mesmo tempo cigano e franciscano" nas palavras do próprio compositor.

Lauro à sua maneira também reune estas características ao prenunciar um tempo em que a cultura erudita está em livros, em discos, no Pensamento, nos discursos, na agenda coletiva.