segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sem saudades!

The Adrenalin by MissAniela
Nada mais oportuno do que reiniciar as atividades do blog após mais do que merecidas férias, revendo o que foi o ano que passou.


Ainda embalado pela doce preguiça do ler, ler, olhar, refletir, debater, ler, ler, ler, prefiro reapresentar o texto que escrevi, publicado na edição de Janeiro da Revista Concerto.


Trata-se de uma revisão concisa do ano de 2009 - aquele que não deixou saudades. Vamos lá:




Os livros de Lauro Machado Coelho, Sérgio Casoy, do João Luiz Sampaio, do Marcos Goes, do Márcio Páscoa, a reformulação desta Concerto (a revista chegou às bancas com novo formato) são uma desmonstração aprcial do vigor por que passa o segmento da ópera e da música erudita que se amplia nas áreas de suporte e de pensamento. Mesmo raciocínio vale para a reformulação do Prêmio Carlos Gomes.


Estes esforços de memória são muito necessários para o que quremos ser e ver.


As produções das óperas Macbeth e Menina das Nuvens em Belo Horizonte destacaram-se como atividades de grande porte no ano. É bom, mas é muito pouco em termos nacionais.


Incluindo a crise, os teatros em reforma (Municipal de São Paulo e Municipal do Rio de Janeiro), as dificuldades de patrocinio, os problemas institucionais, adiamentos de programas, a indefinição de políticas nacionais para a ópera, os recursos minguados, para ficarmos apenas nisto, não dá para enxergarmos 2009 como além do razoável.


Ano com tudo para ser de horizontes curtos. Entretanto, para alargar perspectivas, algumas pessoas se uniram e criamos a ACPOESP-Associação dos Cantores e Profissionais de Ópera do Estado de São Paulo que, ao ganhar corpo, acabou abrigando nomes de vários estados dispostos a debater das questões profissionais de ordem prática à percepção do papel do segmento na formulação de políticas públicas. Esta agenda permite, na mais estreita das hipóteses, a discussão da importância do caráter associativo para a Cultura e iniciar um novo processo de abordagem da atividade.


Quanto aos rumos, somos fortes o suficiente para acreditar que temos profissionais capazes de formular programas, encontrar soluções criativas e produzir Cultura no Brasil. Afinal, tudo indica que estamos a um passo do desenvolvimento, não é isto?


Com este texto exorcisei 2009.


Não há escapatória daqui para a frente. São necessários investimentos maciços na Educação, na produção Cultural e sua fruição integrando de forma cientifica as àreas correlatas. Sobre isto pretendo expor e debater muito (Muito!) a partir daqui.


Nós, criadores na área da Cultura, temos muito a contribuir para o desenvolvimento, pois integramos uma matriz revolucionária capaz de modificar pessoas, seu meio ambiente, a maneira como se processam as relações sociais. Somos agentes importantes e nosso conhecimento é precioso e estrátégico.


Somos bemvindos ao futuro.