Concordo com ele: não veremos tão cedo esta mudança.
Alguns apressados continuarão vendo esta perspectiva de derrocada americano com óculos embaçados o que certamente lhes deturpa o resultado.
Muito embora estejamos cansados dos americanos empaturrados de hambúrgueres, da crônica mundana de uma sociedade incrivelmente caipira e muito conservadora, somos realmente apaixonados por sua imensa capacidade de gerar pensamento.
Aí está a questão que, no meu entender, neste século e nos próximos, se manterá como o diferencial de supremacia: quanto mais for capaz de produzir pensamento, maior será a capacidade de uma nação se manter à frente entre as lideranças mundiais.
A questão que se avizinha é até quando a China,sem que produza saber compartilhado, evita que sua economia entre colapso? Manter uma sociedade faminta sob rédea curta deve ser um problemão proporcional à necessidade de produzir a cada vez mais. Mantê-la calada só às custas de amarras complexas.
Há quem diga que o Brasil é o pais da vez, o futuro império...
Premissa errada.
A geração de pensamento, a criação, não podem visar soberania já que esta não deve ser uma questão imposta, mas assimilada ao longo da história. O equilíbrio, ao que tudo indica, não mais se dará pela força física e, provavelmente, menos ainda pela questão econômica dada a fragilidade acelerada da chamada economia virtual e seus efeitos na economia real.
A próxima vertente é cultural, pela capacidade de gerar e compartilhar formas de expressão, aquelas que dão ao homem a concreta visão de si próprio.