sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Viva a Ópera (3)

Orquestra Jovem se aperta em Campinas

Hoje fui brindado com um e-mail que me cobrou a ausência de qualquer menção à Comemoração da morte de Carlos Gomes em 16 de setembro de 1896.

Para os mais atentos, ontem excepcionalmente publiquei um "Carlos Gomes no Mapa do Brasil", uma maneira, sem apologias, de recordar o compositor.

Acho que publicar semanalmente (sempre que possível) uma referência a Gomes é uma forma de incluí-lo no cotidiano daqueles que se dão o trabalho de ler este blog.

Pois muito bem. Carlos Gomes morreu em 16 de Setembro. Faz-se muito pouco por sua memória no Brasil, muito embora esteja claro que Gomes é parte da nossa história, está mencionado em praticamente todas as cidades brasileiras que lhe dedicam ruas, praças, avenidas, vilas, sem contar a infinidade de nomes de restaurantes, bares, lojas de armarinhos, lanchonetes. Muitas vezes sequer se sabe na vizinhança quem é o homenageado ilustre, mas isto é difusão, educação que irá corrigir.

Em se falando em homenagem, por enquanto, o que se vê - não excluindo a boa intenção do grupo - é a Orquestra Jovem se apertando entre o monumento-túmulo em Campinas e uma feirinha popular, com meia dúzia de gatos pingados assistindo.

Já há maturidade suficiente no Brasil para se acabar de vez com a máxima "melhor isto do que nada", ou "para Campinas isto está bom".

Acho que dá para entender porque fui discreto ontem e - como diz o Sebastião Teixeira - estou me segurando hoje. A ópera para ser vivida, às vezes precisa de estômago.