Volto ao tema do isolacionismo.
Não é verdade que o Brasil esteja culturalmente descolado do restante do planeta. Da América Latina, não há dúvida nenhuma, pois como já comentei, não recebemos informações sobre o que acontece nos países vizinhos.
Que nossos fronteiriços não saibam o que acontece no Brasil é compreensível uma vez que há uma severa distância entre as línguas faladas. A América espanhola sabe de si. Por outro lado, nosso gigantismo inclusive econômico garante uma pluralidade de informações imensa através de uma infinidade de veículos impressos e eletrônicos, o que não é em si um fator de recompensa sob o ponto de vista da difusão cultural.
Só sabemos o que se passa na Argentina se pegarmos um avião e descermos em Buenos Aires.
Certamente, um ou outro espertinho irá sugerir que consultemos um site qualquer desses países e saberemos tudo o que acontece.
A questão não é esta. Aqui em São Paulo com grande facilidade podemos comprar os principais jornais do mundo em várias bancas.
O problema é conceitual. Não há intercâmbio de informações e, por consequência, não há conexão profissional, intelectual, cultural.
Você conhece Ernesto Sabato? Não? É uma pena.
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