quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Viva a Ópera (7)

A Roda da Fortuna nos codex dos Carmina Burana

Hoje conversava com um amigo sobre as eleições.

Papo vai, papo vem e a música aparece. Primeiro a Fortuna, Imperatrix Mundi.


O Fortuna,Ó Fortuna,
Velut LunaÉs como a Lua
Statu variabilis,Mutável,
Semper crescisSempre aumentas
Aut decrescis;Ou diminuis;
Vita detestabilisA detestável vida
Nunc obduratOra oprime
Et tunc curatE ora cura
Ludo mentis aciem,Para brincar com a mente;
Egestatem,Miséria,
PotestatemPoder,
Dissolvit ut glaciem.Ela os funde como gelo.


Carmina Burana, a cantata tão popular nos lembrando da inexorável Roda da Fortuna. O giro interminável que deveria servir de lição a todos. Ora boa sorte, ora má sorte, ora em cima, ora embaixo. Como conseguir o equilíbrio em tudo isto? É impossível evitar que a Imperatrix Mundi brinque com nossa mente.

Para as óperas foi um pulo. Otelo, Nabuco, as intrigas palacianas, a ascensão e queda motivada pela mesquinhês, pela inveja, medo. Shakespeare e a natureza humana toda ali revelada, com seu comportamento tão previsível.

A cada vez mais a Cultura nos pareceu essencial para dar ao homem o balizamento para sua vida e decisões. É impossível evitar que a Imperatrix Mundi brinque com nossa mente. 

Egestatem., Potestatem: Dissolvit ut glaciem.

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