segunda-feira, 11 de abril de 2011
Dilemas Contemporâneos da Cultura (66)
Hoje é segunda-feira, dia 11 de Abril.
Vamos combinar uma coisa. Desligue o seu computador em seguida. Pare um pouco. Até amanhã cedo. Toma um café, um chá, um suco. Descansa um pouco.
Pelo menos hoje, vamos simplificar tudo.
Amanhã a gente conversa.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Nota de Rodapé (16)
Nem Alecto, nem Megaira, nem Tsífone... Ou talvez todas juntas...
Hoje no site da APTI - Associação dos Produtores Independendes, texto de Odilon Wagner acerca das discussões e polêmicas em torno do uso das Leis de Incentivo e a fúria inexplicável que estes temas têm provocado, muito além dos limites de um debate saudável.
Infelizmente, a atividade cultural não tem consciência do que representam hoje os incentivos aos vários setores da economia. Esta distorção de entendimento supera em muito a dimensão do que é publico e privado no Brasil.
Precisamos de muita calma. muita reflexão. mais diálogo.
Hoje no site da APTI - Associação dos Produtores Independendes, texto de Odilon Wagner acerca das discussões e polêmicas em torno do uso das Leis de Incentivo e a fúria inexplicável que estes temas têm provocado, muito além dos limites de um debate saudável.
Infelizmente, a atividade cultural não tem consciência do que representam hoje os incentivos aos vários setores da economia. Esta distorção de entendimento supera em muito a dimensão do que é publico e privado no Brasil.
Precisamos de muita calma. muita reflexão. mais diálogo.
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quinta-feira, 24 de março de 2011
Dilemas Contemporâneos da Cultura (65)
Never give up
by Sephiel
Nos tempos do politicamente correto, muita confusão acaba aparecendo por falta de referência.
O processo civilizatório pode ser mais simples do que parece, mas é preciso pesquisar uma "solução acadêmica" para entender melhor isto, pois aqui está apenas uma opinião ao sabor da notícia -
Em determinado momento, alguém disse, em algum lugar, que não era bom cuspir no chão, foram banidas as escarradeiras das salas de visita etc. Alguém também disse que fazer xixi na rua não é uma maneira civilizada de convivência e ainda hoje, apesar dos grandes avanços nesta área, ainda as ruas são usadas como latrinas, alguns vão presos por isto.
O mesmo acontece com o processo cultural, principalmente nestes tempos em que determinadas regras vão sendo radicalizadas, tirando dos indivíduos - principalmente mais jovens - a capacidade de discernimento, do uso do bom senso. Talvez porque não saibam, porque estão em processo de alfabetização funcional, não importa.
Fato concreto é que fenômenos coletivos são tratados muitas vezes à luz de poucas referências e as pessoas não sabem dizer o que é humor, terror - comportamentos elementares que por falta de balisas sólidas acabam sendo confusas.
Exemplo disto foi o episódio recente da ilustração do Montanaro na Folha de São Paulo sobre o que já escrevi dois "Dilemas" (63 e 64).
Num episódio de rara magnitude como esta infelicidade que atingiu toda a humanidade a partir do Japão é natural que as opiniões se dividam principalmente no que se refere à arte. No caso uma simples ilustração - uma charge - mostrando o episódio dramático e levando à reflexão. É este o ponto.
Tudo o que vemos funciona como um espelho refletindo muito mais o que pensamos do que aquilo que o autor de fato expressou e esta é talvez a leitura mais rasa que se pode fazer de tudo o que vemos na arte. No entanto, em algumas ocasiões, as pessoas se confundem, invertem a maneira de enxergar e atribuem ao autor coisas que com certeza ele não pensou. No caso do Montanaro, o desenho é amargo, com uma onda destruindo tudo, com um prédio de uma usina nuclear no meio disto tudo. Terrível, impressionante. Apesar disto algumas pessoas acharam que o autor estava brincando com o funesto episódio. Onde de fato está a razão? Naqueles que se entristeceram e enxergara ali um lamento ou naqueles que foram incapazes de visualizar a tragédia ali traçada e atribuíram ao autor a responsabilidade de ofender os atingidos pelo fenômeno?
A natureza humana não é tão incompreensível assim e estes episódios nos ajudam a evitar juizos invertidos no futuro.
O melhor disto tudo e felizmente há sempre uma lição, é a exposição virtual Tsunami - des images pour le Japon (Tsunami - as imagens para o Japão) organizada pela comunidade virtual francesa CFSL dedicada a ilustradores e ilustrações. São milhares de desenhos e ilustrações vindas de vários países. Em 30 de Abril haverá um leilão de 50 trabalhos na galeria Arludik, em Paris.
Entre os desenhos, ondas, ondas, ondas.
Num episódio de rara magnitude como esta infelicidade que atingiu toda a humanidade a partir do Japão é natural que as opiniões se dividam principalmente no que se refere à arte. No caso uma simples ilustração - uma charge - mostrando o episódio dramático e levando à reflexão. É este o ponto.
Tudo o que vemos funciona como um espelho refletindo muito mais o que pensamos do que aquilo que o autor de fato expressou e esta é talvez a leitura mais rasa que se pode fazer de tudo o que vemos na arte. No entanto, em algumas ocasiões, as pessoas se confundem, invertem a maneira de enxergar e atribuem ao autor coisas que com certeza ele não pensou. No caso do Montanaro, o desenho é amargo, com uma onda destruindo tudo, com um prédio de uma usina nuclear no meio disto tudo. Terrível, impressionante. Apesar disto algumas pessoas acharam que o autor estava brincando com o funesto episódio. Onde de fato está a razão? Naqueles que se entristeceram e enxergara ali um lamento ou naqueles que foram incapazes de visualizar a tragédia ali traçada e atribuíram ao autor a responsabilidade de ofender os atingidos pelo fenômeno?
A natureza humana não é tão incompreensível assim e estes episódios nos ajudam a evitar juizos invertidos no futuro.
O melhor disto tudo e felizmente há sempre uma lição, é a exposição virtual Tsunami - des images pour le Japon (Tsunami - as imagens para o Japão) organizada pela comunidade virtual francesa CFSL dedicada a ilustradores e ilustrações. São milhares de desenhos e ilustrações vindas de vários países. Em 30 de Abril haverá um leilão de 50 trabalhos na galeria Arludik, em Paris.
Entre os desenhos, ondas, ondas, ondas.
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terça-feira, 22 de março de 2011
Carlos Gomes no Mapa do Brasil (35)
A Chiroxiphia caudata possui uma plumagem azul-celeste, cada preta e na cabeça uma brilhante coro vermelha.
Seu nome popular deriva do tupi ata (andar) e carã (em volta), talvez por causa da dança de acasalamento em que os machos ficam em fila e se exibem para a fêmea saltitando à sua frente em pleno voo e voltando para o fim da fila, com isto criando uma espécie de circulo no sentido anti-horário. Em castelhano são conhecidos como saltarin. Se você quiser conhecer a dança, basta clicar aqui ou digitar dança dos tangarás em qualquer site de busca.
Isto mesmo, nós os conhecemos como tangarás.
Aliás o nome do pássaro é muito conhecido também por causa do Bando dos Tangarás, um conjunto de música popular formado por Almirante, Alvinho, João de Barro (Braguinha – com quem tive o prazer de conversar muito sobre música popular brasileira), Henrique Brito e Noel Rosa. Estes sagrados da música brasileira, gravaram muito samba, marchas, toadas, emboladas.
Não gravaram canções de Carlos Gomes , o que não muda em nada qualidade de sua música e repertório.
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domingo, 20 de março de 2011
Dilemas Contemporâneos da Cultura (64)
Plantu d'aprés Hokusay
capa do Le Monde, 15/3/2011
Continua na Folha a discussão sobre a pertinência da charge de Montanaro (Dilemas... (63) na Folha de São Paulo.
Felizmente, para referenciar o trabalho do jovem ilustrador, a Ombudsman da Folha, Suzana Singer, acrescenta a informação de que três dias após o Le Monde, um dos principais jornais do mundo, austero e consistente, publica idêntica idéia em charge também comentando na sua capa o episódio do maremoto de graves proporções que ocorreu no Japão.
Jean Plantureux , cartunista francês que assina Plantu (divirta-se com alguns de seus desenhos), nasceu em 1951 em Paris. Seu texto e desenhos são ácidos, mordazes. Plantu assina seu trabalho com a frase Plantu d'aprés Hokusai, numa designação clara da fonte que utilizou para executá-lo.
Montanaro também deu a dica quando acrescenta "xilogravuras japonesas".
Segundo o texto do Ombudsman da Folha, Spacca, do time de cartunistas da casa, achou a charge pertinente, mas não publicaria um desenho como o de Montanaro hoje. "Estou mais maduro. Cabe ao artista se refrear".
É provável que Spacca, quando ficar ainda mais maduro, talvez aos 60 como Plantu, tenha a perspectiva de não se limitar, de buscar ousadias, referências inéditas, soluções modificadoras.
Ousadia não tem idade. pelo contrário, quanto mais maduro, mais o criador se deveria permitir inovações. Afinal de que adianta viver se não buscar novas formas de enxergar a humanidade, de justificar seus erros, de compreender seus infortúnios, de admitir a finitude do homem?
Montanaro foi ousado, numa idade em que se confunde ousadia com arrogância, inovação com anarquia. Para o bem da criação, torço para que a Folha continue se permitindo soluções originais. Isto é bom, é o que contribui para desenvolvimento.
Leitores não gostaram? Se refletiram a respeito, o resultado já foi pertinente.
Não podemos esquecer que tudo o que vemos nos funciona como espelho e que cada um vê ali o detalhe que mais lhe interessa. Ás vezes, enxergamos com os olhos embaçados.
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João Montanaro
sábado, 19 de março de 2011
Nota de Rodapé (15)
Ensaio de Orquestra
Federico Fellini
quinta-feira, 17 de março de 2011
Nota de Rodapé (14)
Hoje foi publicado no Cultura e Mercado texto em que comento a recente polêmica acerca do blog da Maria Bethânia.
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