quarta-feira, 5 de maio de 2010

Dilemas Contemporâneos da Cultura (20)

Brunhilde - Das Rheingold, de Richard Wagner
por Arthur Rackham - 1910

 Quantos compositores maravilhosos temos na História da Música!...
Está certo, você pode e deve achar a frase acima piegas, pluralista demais.
Mas por isto mesmo acho que vale a pena repeti-la e, com isto, refletir um pouco mais sobre seu conteúdo.
Quantos compositores maravilhosos temos na história da música!
Nossos compositores “vivos” são poucos, desconhecidos, pouco de sua produção vem a público.
Por um fenômeno recente, muita ênfase tem sido dada aos regentes, guindados à condição de guardiães da boa música e de tradutores desta linguagem fundamental para o desenvolvimento humano. Este é um problema grave, uma vez que excluídas as gravações, nada fica do intérprete a não ser a memória impressa. Apenas as composições ficam.
Considerando que há regentes e regentes, com orquestras em diferentes padrões de orçamento, não é comum que se comissionem compositores para novas peças.
Esta é uma questão de Estado e não de interpretes, muito embora as boas orquestras e os bons regentes busquem mecanismos para encomendar peças novas para o repertório. Aliás, fica aí uma boa sugestão de critério para definir padrão de orquestras: são melhores as que comissionam pelo menos uma peça nova por ano. Vale o mesmo para os regentes.
Voltando à questão de Estado, qualquer que seja o feitio, é prioridade que se tenha nas políticas para o setor Cultural programas que comissionem novas composições e com isto promovendo a continuidade da história da música.

2 comentários:

  1. Estou plenamente de acordo! Venho batendo nessa tecla há mais de 10 anos e me sinto como Jeremias pregando no deserto.

    Parabéns, Cleber!

    Harry Crowl

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  2. Caro Harry,
    Parece tão obvio, não é?
    Temos que insistir nesta tese. Sempre.

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