segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dilemas Contemporâneos da Cultura (12)

Antes do Ballet
Pierre Carrier-Belleuse


Uma das coisas mais complicadas é a garantia das liberdades individuais e na Cultura esta é uma das questões mais complexas.

Tenho refletido bastante sobre o papel do artista e do indivíduo quando se vê ferido nos seus direitos individuais.

Os problemas são enormes e diversificados com sofisticações específicas em cada área. Artistas são afetados por coisas elementares como pagamentos de cachê, o cancelamento de contratos sem a justa contrapartida, problemas com agentes e bizarrices das mais diversas que vão da falta de seguro por acidentes a audições de cantor por skype como corre à boca chiusa aqui e ali.

Está posta a questão. Como institucionalizar a atividade artística de modo a que as relações se dêm de forma clara, transparente, séria, profissional, sem que o artista precise silenciar sob pena de não mais ser contratado, de ser tratado como inimigo? Como fazer para que o profissional de qualquer área da Cultura seja respeitado e tenha voz, sem a necessidade de se submeter, de ser bonzinho, silencioso, cordial?

Numa sociedade "moderna", para este Brasil que virá, precisaremos enfrentar esta questão e afastarmos definitivamente a falta de ética, de profissionalismo, de respeito. Não parece chegada a hora de se buscar uma resposta para isto? De termos Instituições sólidas e adequadamente fundamentadas?

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