De fato, o que está em jogo é o futuro. Na experiência recente com o espetáculo Na sala com Debussy e Mallarmé (originalmente Debussy L'après-midi avec Mallarmé) virou mote do grupo a frase do Paul Valèry: O problema do nosso tempo é que o futuro não é como costumava ser.
Isto mesmo. Está em jogo um futuro que é diferente de tudo o que pensamos anteriormente. Nós temos que mover o mundo - longe de mim qualquer traço de megalomania, por favor - e isto significa repensar tudo.
É preciso pensar mais simples. É preciso maior transparência. Quem não sabe, precisa reconhecer que pode aprender com outro e, para ensinar, é melhor a experiência que a experimentação. Nosso tempo está passando muito rápido e a natureza da Cultura no Brasil precisa se reabsorvida.
Há parametros, quantificações e qualificação suficiente para se criar novos modelos e colocá-los em prática. Não dá para aceitarmos frases do tipo "não existem recursos para isto", "não podemos apostar nisto", " não temos platéia para arte erudita", "ópera não é linguagem do povo".
Este abecedário conhecido precisa ser mudado. Quem estiver à frente das decisões na área da Cultura precisa ser cobrado de visão mais abrangente. Não dá para falar em inclusão social sem pensar em inclusão cultural: uma coisa está ligada à outra e são inseparáveis.
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